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27 de out. de 2014

SELENE, DEUSA DA LUA


Também conhecida como a latina Luna
Origem: Grécia
Pedras: Pedra-da-lua e Selenita
É a padroeira das bruxas, feiticeiros e contempladores da lua.

Pouca informação sobre a veneração e rituais de Selene sobrevive, embora ela seja descrita como "grande na magia" e aparentemente foi invocada em feitiços.
Seus pais são titãs, Hyperion e Theia. Helios, o sol, é seu irmão. Muitas de suas funções foram posteriormente transferidas para Artemis, como as de Helios foram
para Apolo.

Selene é a deusa da lua, mas ela também é a lua, acompanhando a noite. Selene pode se manifestar como uma mulher muito bonita, de pele alvíssima quanto a neve, com asas e usando um diadema com uma meia lua. Com seu manto prateado, carrega uma tocha e viajava em um carro de prata puxada por dois cavalos brancos, touros ou mulas. Selene banha-se no oceano antes de subir ao céu em seu carro todas as noites.

O nome de Selene é etimologicamente relacionado com uma palavra que significa "luz". Em seu disfarce como a lua cheia, Selene lança luz sobre problemas e mistérios.

Ela puxa a lua cheia no céu. Alternativamente, ela monta um cavalo amazona. Às vezes, Selene tem que se esconder de um dragão, indicado por um eclipse lunar ou da lua ausente. Selene é uma deusa amorosa com muitos amantes, incluindo Pan e Zeus, com quem teve vários filhos.


Selene nunca se havia interessado por homem algum.      Sua imagem pálida e solitária atravessava os céus numa rotina de pura melancolia. Certa noite ela foi acompanhada pelos olhos sonhadores do tímido Endymion, um belo pastor da Tessália que levava o rebanho para o alto da montanha para poder observá-la mais de perto. De tanto contemplá-la, ele conseguiu compreender o caprichoso ciclo lunar que era um mistério para todos.

De tanto ver o pastor Endymion a contemplá-la, Selene quis conhecê-lo, pois talvez ele fosse um homem diferente capaz de entender o ritmo de seus delicados movimentos pelo céu noturno. Abandonando seu curso, Selene encontrou Endymion adormecido ao relento no alto do monte. Seu sono era sereno e seu suave semblante tocou o coração de Selene que sentiu-se invadida por uma paixão que nunca antes experimentara.


Depois dessa noite, ela ficava perturbada cada vez que avistava Endymion no alto do monte a apreciá-la. Certa noite, não resistindo aos encantos do amado Selene abandonou seu curso e foi encontrar-se com Endymion que dormia numa caverna. Beijando-lhe os olhos, infundiu-lhe um sono mágico. Tomada pela paixão, ela se esqueceu de que era a luz que iluminava a noite o que causou um eclipse total, deixando o mundo totalmente escuro.


Zeus, o deus dos deuses, não tolerava qualquer distúrbio no cosmos e resolveu castigá-la. Porém Selene o sensibilizou quando revelou que estava apaixonada pelo mortal, que era sujeito ao envelhecimento e à morte. Para preservar a felicidade de Selene, Zeus lançou um feitiço de sono eterno sobre Endymion, para nunca envelhecer e não temer a morte. Endymion dorme até hoje na caverna Anatolian e não pode ver a linda luz prateada enquanto Selene cruza os céus. Algumas vezes, Selene abandona os céus e vem juntar-se a ele nas noites escuras da Lua Nova e quando ela eclipsa.

Selene representa todas as fases da Lua e seu nome deriva do grego "selas" que significa luz e claridade. Selene estava relacionada ao nascimento, crescimento, fertilidade e falecimento. Conhecida por sua grande importância na magia, era associada a Artemis ou Hécate, sendo também conhecida pelos romanos por Luna ou Lua e tradicionalmente celebrada no dia 7 de fevereiro.

O mito de Selene está relacionado ao encanto dos enamorados. Cheia de encanto e magia, inspiradora dos poetas, companheira dos solitários, confidente dos namorados, lá no alto, ela nos acompanha no nosso percurso pela vida. A Lua inspira os poetas a falar de amor, do amor romântico que não conhece o tempo e nem a hora. Esse é o desejo dos enamorados: cristalizar para sempre aquela intensa paixão dos primeiros encontros.


Infelizmente isso não foi possível, pois a Lua e o pastor estavam juntos mas continuavam sozinhos. Não puderam conhecer um ao outro, porque não se falavam e não se olhavam. Não riam juntos, não faziam projetos, nem ao menos discutiam um com o outro. Não compartilhavam segredos, alegrias ou tristezas e não podiam, a cada noite, contar um ao outro os vestígios do dia, aquelas coisas tão simples, sem as quais o amor não sobrevive.