Vênus era originalmente a deusa italiana do solo fértil, o espírito que presidia a horta. Ela era a deusa do jardim rústico com um culto relativamente mínimo até que os romanos identificaram-na com a deusa grega do amor, Afrodite. Segundo a lenda romana, os romanos eram descendentes de refugiados de Tróia, os últimos sobreviventes que escaparam da cidade em chamas e fugiram para a Itália, onde fundaram a cidade de Roma. Esses troianos foram liderados por Enéias, cuja sobrevivência foi assegurada por sua mãe, Afrodite.
Júlio César traça sua ascestralidade a um dos filhos de Enéias, neto de Afrodite. Ele quis homenagear o seu ancestral divino, mas Afrodite foi demasiado estrangeira para o gosto romano e também associada ao mar e ritos lascivos. A Afrodite caseira foi buscada e encontrada na bela, fértil e vegetal deusa Vênus. Júlio César dedicou um magnífico templo a Vênus Genetrix no Fórum Romano.
Além de assumir atributos e funções tradicionais de Afrodite, Vênus evoluiu para uma deusa ancestral da elite romana, aqueles que descendem de Enéias. Vênus e Marte, antepassado de Rômulo, fundador de Roma, servem como guardiões de Roma.
